sábado, 30 de dezembro de 2017

Inadequada e a experiência de ser atriz de um curta.

Olá meus doces e amados pudins 😍

Hoje venho trazer para vocês uma das coisas mais incríveis que já aconteceu comigo. Venho falar um pouco do curta metragem que eu gravei ano passado, Inadequada. 

Um curta metragem feito por alunos da Universidade Federal do Ceará do curso de Cinema e Audiovisual.

Ficha Técnica do filme:

Direção e Roteiro - Mylla Fox 
Assistente de Direção - Grenda Costa e Camilla Osório
Continuidade - Alisson Severino
Som - Allan Gomes e Marcelo Júnior
Produção - Jarir Rodrigues e Matheus Costal
Arte: Gabriela Machado, Rebeca de Melo, Thaís Emília
Fotografia - Saulo Monteiro e Tay Moreira




As filmagens duraram um mês no total, desde as primeiras filmagens até as gravações extras para inserir novas cenas. As gravações foram feitas aqui em Fortaleza em vários lugares como por exemplo a universidade, o North Shopping, o Terminal de ônibus da Parangaba, na Academia Fitness entre outros exemplos.

Sinopse da História:

(Duração: 15min.) 

Inadequada acompanha um dia na vida de Dolores e Amanda, mãe e filha tentando conviver e se aturar debaixo do mesmo teto. Amanda é uma jovem obesa, introspectiva e submissa cuja vida é controlada pela mãe. Dolores trabalha em casa, obcecada por aparência, principalmente a da filha. Duas vidas constantemente em conflito, distantes, sempre em desencaixe, uma sempre levando a outra até o limite do que podem aguentar.


Atuei juntamente com a Carla Heliany, que fez o papel de Dolores, o outro papel principal na obra. Ela é uma atriz maravilhosa, ajudava sempre que podia e por aquele período de tempo nós realmente​ nos tornamos mãe e filha (é tanto que até hoje quando nos vemos nos chamamos assim). Principalmente com as brincadeiras e com a interação para se conectar com o sentimento dos personagens. 

A equipe técnica também foi um amor, sempre se mostrando muito prestativa a qualquer necessidade e acredite quando eu digo que eles fazem de tudo quando estão fazendo as gravações, tendo que mudar a hora, pegando equipamentos em lugares muito longe, tendo que ficar em gravações longas por muitas horas, transformando fita crepe e papelão em qualquer coisa (acho que eles aprendem isso na marra que nem muitos cosplayers, nisso estou me incluindo).



As gravações são muito intensas e frenéticas. Antigamente eu achava que gravações fossem algo simples e também tudo gravado na ordem que passa no filme, de primeira e que tudo era bem rápido.

Ha Ha Ha...

Nada nunca fica bom no primeiro take, sério, nunca. 

Nem aquela cena de caminhada? 

Não. 

Abrindo uma porta? 

Essa também não. 

Respirando? 

Sim, nem essa fica em um take.




Eles fazem isso para que a cena fique perfeita, os mínimos detalhes é isso define muito a qualidade da filmagem, sendo bem sincera, depois desta experiência, passei a levar bem mais sério o cinema como a 7° arte! Não é nada simples e o resultado é realmente mágico, me ver na tela do cinema como Amanda foi algo muito estranho. Eu via meu corpo lá, mas a personalidade e as atitudes não eram características minhas, eu atribui a isso a direção e a equipe de preparação corporal, pois foi um trabalho bem intenso como por exemplo na cena de ira de Amanda com a mãe.

E a alegria de ver pela primeira vez o filme foi incrível!! Ver todo o trabalho de um mês sendo exposto e as pessoas gostando tanto dele, principalmente ao rever todos que participaram da gravação além de outras pessoas gostando do seu trabalho é algo indescritível. Eu assisti todos os filmes daquela apresentação com um sorriso e um nervosismo gigantesco, mas sinto mais do que nunca que todo o trabalho valeu a pena! Principalmente pela importância dos temas abordados, obesidade e família.




Neste texto, eu queria passar um pouco da correria e da animação que tive ao gravar pela primeira vez algo, espero que gostem da leitura!

Até uma próxima!

domingo, 2 de julho de 2017

Wattpad e o Lágrima Dracônica

Olá meus amados pudins!

É com grande alegria que divulgo para vocês a publicação pelo wattpad do conto: Lágrima Dracônica.



Ele faz parte do mesmo universo do meu querido Fogo Escarlate, meu conto publicado na antologia Valquírias no começo deste ano, lembram dele? Inclusive ele está a venda! Em um futuro próximo estarei falando um pouco de cada conto e sobre como conseguir comprar seu exemplar!

Mas, quem é Laila Arian? Bem, ela é uma maga de Atlântida que após a destruição do continente de Posidon, passou a morar em Gibraltar, uma cidade da península Ibérica. Seu povo fora acolhido por aquela cidade e eles viveram em harmonia por muito tempo até uma horda de demônios invadir a cidade para realizar um ritual macabro. A história do conto começa exatamente no meio da invasão desses demônios em que como a única maga do lugar, Laila tentará parar essa destruição da melhor forma que puder.

Acompanhem estas histórias que em um futuro próximo vocês vão entender o que a Akenehi e a Laila tem em comum.


Espero sinceramente que todos que leiam a história gostem dela, e avaliem se gostarem tá certo? 

Sendo sincera, como primeira publicação pelo wattpad tô bem nervosa sobre a opinião dos leitores

Até este momento eu estou adorando o wattpad. Vocês conhecem?

Ele é uma plataforma de publicação online, onde se pode postar todos os tipos de histórias, inclusive fanfics. Ele funciona de uma forma muito simples, e você pode ter otimos feedbacks lá já que grande maioria das pessoas que frequentam o lugar são beta-readers ou até mesmos outros escritores de vários níveis.

O link para meu perfil no Wattpad está na primeira caixinha da lateral do blog!


Então é isso meus amados pudins! Até a Próxima!

quarta-feira, 1 de março de 2017

Meu companheiro, o peso....

Olá meus pudins....

Desta vez, trago um texto de desabafo para vocês, um texto escrito por mim sobre a minha obesidade. Espero que todos que leiam mostrem respeito. E quem quiser conversar, estarei lendo os comentários do blog.

Meu peso, cada um dos meus quilos tem histórias para contar.

Seja eles de uma festa de família, uma saída com os amigos, confraternização com os grupos que já participei... Eles também contam dos meus momentos de ansiedade, dos momentos de tristeza e até mesmo dos meus momentos de maior ira, o tempo que eu sofri bullying na época de colégio.

A comida estava ao meu alcance e meu peso também estava lá.

Nunca pensei em escrever sobre minha relação com o meu corpo, então... Para falar a verdade, não sei bem qual rumo este texto vai levar.

Não vou chegar aqui e dizer que me sinto bem com o meu corpo, muito pelo ao contrário. Na verdade ele é minha maior insegurança. Mas, não acredito 100% que essa falta de auto-estima seja somente por minha culpa.

Afinal, quem é ou já foi gordo, sabe como é que as pessoas ao seu redor tratam sua obesidade. Pessoas que são tão intimas e tão próximas de você que simplesmente não pode ignorar a opinião delas... Você que está lendo este texto, consegue entender?

Meu maior problema com o meu peso, não é ele em si... Até porque como eu já disse vivo com ele desde que me entendo como pessoa.

Meu problema com o meu peso é nunca realmente saber como é chegar em uma loja de roupas e sair experimentando as roupas que eu achei bonita, sem pensar que em qualquer outra garota aquela roupa ficaria mais bonita. Comer em algum lugar e as pessoas ao redor olharem com nojo, claramente te julgando, ou ir em um jantar de família e ter aqueles comentários do tipo: “-Porque você não emagrece querida? Você é tão bonita de rosto.” . Ou até mesmo chegar em casa, depois que você saiu com os amigos e uma das primeiras coisas que sua mãe pergunta é: “-Você comeu o que?”

Percebem que meu maior problema com o meu peso é como as pessoas me tratam por causa dele? Como enxergam o meu tamanho?

Eu poderia passar o dia citando o que eu não gosto do meu peso.

Mas, o que eu nunca disse a ninguém é que eu tenho medo.

Medo de me livrar do meu peso.

Sim, você não leu errado.

Muitas pessoas me sugerem fazer a cirurgia bariátrica todos os dias. Você sabe como é as pessoas falarem facilmente sobre tirar parte do seu estômago fora como se fosse um pedaço de lixo? Ter que se submeter a um grande tempo de reabilitação alimentar, se livrar desse “peso incomodo” para depois ter que mais uma vez tirarem grande parte de sua pele porque ela está em excesso!?

Desculpa, isso para mim NUNCA foi normal.

Eu tenho medo de ter uma complicação no meio da cirurgia e morrer, pois desde nova eu tenho isso encrustado na minha mente.

EU VOU MORRER SE FOR INTERNADA EM UM HOSPITAL.

Mas, vamos dizer que eu criei coragem e comecei a fazer dieta....

Te digo uma coisa, perder metade do seu peso não é uma coisa mais simples. Além do óbvio, que é você fazer muito exercício e parar de comer besteira.

Agora pense, querido leitor, quanto tempo você deixou de sair? Sair de casa? Todos os dias, não é? Imagine por exemplo, você está no centro da cidade, com uma fome fortíssima e tudo o que você vê ao redor são salgados, sorvetes, refrigerantes, pastéis. O que você faria?

Tá, podem pensar que eu estou exagerando, mas.... E quando você vai ao shopping resolver algo? Ou a faculdade passar o dia inteiro estudando ou até mesmo aquele vendedor de balinha do ônibus que é 1 real e você saiu de casa sem lanchar?

Essas coisas pequenas são nossas maiores vilãs em uma dieta e as mais difíceis de abandonar.

É a abstinência de comer as coisas em qualquer lugar que mais atormenta alguém fazendo uma dieta, é uma experiência bem ruim, vai por mim.

Não direi nada sobre exercício, pois eu gosto deles, só não os faço com frequência por uma série de fatores incluindo dores nas articulações e uma desvontade enorme de sair de casa quando eu finalmente chego nela.

Então para fazer estes sacrifícios, nós temos que querer primeiramente e logo após temos que ter força de vontade.

E não, não se cria força de vontade só porque você está dizendo para alguém emagrecer. Não é algo simples!

Além disso tudo, o verdadeiro motivo de eu nunca conseguir realmente emagrecer. O que me deixa com medo de emagrecer é o medo da mudança. Não importa qual caminho você escolha para emagrecer, será uma mudança gigantesca. E a mudança é algo que sempre me assustou, porque dificilmente na minha vida as mudanças foram boas. Então até mesmo esta mudança que seria tecnicamente boa, me dá a sensação de que vou mudar minha personalidade para algo ruim, egoísta. Eu penso assim desde nova, bem nova. E mesmo sabendo que isso são só coisas na minha cabeça, não consigo tirar esses pensamentos da minha cabeça.

Em todos os meus momentos da minha vida, meu peso estava e continua aqui comigo. E nunca me senti bem com ele, não por causa das minhas próprias opiniões mas, por todas as opiniões que foram empurradas goela abaixo e acumuladas em mim. E o que deveria ser o vilão desta história acabou sendo meu suporte, quando ele era exatamente o problema... Sinto estar presa neste paradoxo para sempre, na vontade de perder peso, mas tendo medo de mudar bruscamente e me descaracterizar como pessoa, pois algo que te acompanha por tanto tempo, acaba fazendo parte de você. Espero que este texto de alguma forma tenha feito você entender um pouco esta garota obesa.

Bem, é isso!
Obrigada a quem leu até aqui.


Até a próxima.